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Livros

 

2017

​ADERALDO, Guilhermo. Reinventando a cidade: uma etnografia das lutas simbólicas entre coletivos culturais video-ativistas nas “periferias” de são paulo, Editora: Annablume/Fapesp, 278p, 2017.

2016

SPAGGIARI, Enrico; MACHADO, Giancarlo Marques Carraro; GIGLIO, Sérgio Settani. (Orgs.). Entre Jogos e Copas: reflexões de uma década esportiva. São Paulo: Intermeios, FAPESP, 2016.

 

 

2015

 

KOWARICK, Lúcio; FRÚGOLI JR., Heitor (Orgs.). Pluralidade Urbana em São Paulo: Vulnerabilidade, marginalidade, ativismos. São Paulo, Editora 34, 2015.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FERRO, Ligia; RAPOSO, Otávio; SÁ GONÇALVES, Renata (Orgs.). Expressões Artísticas Urbanas: Etnografia e criatividade em espaços atlânticos. Rio de Janeiro, Mauad X, 2015.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2014

 

MACHADO, Giancarlo. De carrinho pela cidade: a prática do skate em São Paulo. São Paulo, Intermeios, 2014

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2010

 

SKLAIR, Jessica. A Filantropia Paulistana: ações sociais em uma cidade segregada. São Paulo, Humanitas, 2010.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2007

 

FRÚGOLI JR., Heitor. Sociabilidade urbana. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2007

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2006

 

FRÚGOLI JR., H. (Org.) ; ANDRADE, Luciana Teixeira de (Org.) ; PEIXOTO, Fernanda Arêas (Org.) . As cidades e seus agentes: práticas e representações. 1ª. ed. Belo Horizonte: PUC Minas; Edusp, 2006.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2000

 

FRÚGOLI JR. Heitor. Centralidade em São Paulo: trajetórias, conflitos e negociações na metrópole. São Paulo, Cortez/Edusp/Fapesp, 2000

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1995

 

FRÚGOLI JR., H. . São Paulo: espaços públicos e interação social. 1ª. ed. São Paulo: Marco Zero, 1995.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1992

 

FRÚGOLI JR., H. (Org.) ; PINTAUDI, Silvana Maria (Org.) . Shopping Centers: espaço, cultura e modernidade nas cidades brasileiras. 1ª. ed. São Paulo: Ed. da UNESP, 1992.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Resumo: Este livro contempla práticas filantrópicas contemporâneas da elite paulistana em sua interface com dinâmicas de segregação urbana observadas em São Paulo. As relações que surgem dessas práticas são então investigadas, mostrando que a segregação se caracteriza não somente pelo distanciamento, mas também por complexos jogos de interação cotidiana entre as populações que convivem na metrópole. A reflexão sobre o processo de ‘profissionalização’ e sua incorporação por diversos sujeitos resulta numa abordagem antropológica que preza as maneiras pelas quais essas redes se constroem e se desenvolvem, traçando conexões e associações entre lugares e influências diversas.

Resumo: Partindo de uma análise detida dos conceitos de sociabilidade, espacialidade e contexto situacional, esse livro pretende aprofundar a compreensão de desafios presentes no campo da antropologia urbana. São abordadas questões voltadas à compreensão do caráter relacional das modalidades de interação constantemente criadas e dissolvidas pelos habitantes das cidades, os citadinos.

Resumo: Estudo de três regiões da cidade de São Paulo – o Centro e as avenidas Paulista e Luiz Carlos Berrini – através de uma pesquisa sobre a história de sua ocupação, não apenas do ponto de vista das intervenções sobre o ambiente urbano, mas levando em conta também os grupos que atuam hoje nessas áreas (assim como os que delas foram excluídos) no que pode ser caracterizado como uma verdadeira batalha política e simbólica dentro do espaço da cidade. Fazendo uma revisão das políticas de investimentos públicos, das regras que governam a especulação imobiliária e de outros dados determinantes na expansão urbana, o autor traz para o contexto brasileiro uma discussão cuja importância cresce internacionalmente. Num momento em que tantos urbanistas discorrem sobre a sociedade, é preciso também analisar criticamente o urbanismo de uma perspectiva sociológica.

Resumo: Reunião de artigos sobre temas urbanos com enfoque antropológico, este livro percorre e analisa diferentes cidades brasileiras e estrangeiras, a partir de uma perspectiva comparada. Seus autores abordam as articulações entre os espaços urbanos e os agentes que sobre eles atuam, responsáveis pelas mudanças de contornos, usos e sentidos. O livro apresenta um painel atualizado de temas em evidência na cena urbana contemporânea, tais como revitalizações de espaços centrais das cidades, patrimônio e segregação socioespacial. Baseada em estudos empíricos e com forte orientação etnográfica, esta coletânea revela a emergência de novas práticas sociais e, em consequência, de novas ações urbanísticas. É uma importante contribuição à expansão e diversificação da antropologia urbana que, cada vez mais, busca adquirir uma maior visibilidade como campo específico de pesquisa.

Resumo: De um lado, as classes populares e suas estratégias de lazer e ocupação dos espaços públicos, criando diferentes "culturas de ruas". De outro, as classes médias e as elites enclausurando-se cada vez mais em espaços privatizados. A interação entre esses grupos na sua cidade "comum" é o que este livro analisa de forma provocativa e, nem por isso, menos rigorosa.

Resumo: A década de 1980 assinalou a invasão das grandes cidades brasileiras pelos Shopping Centers, que modificaram consideravelmente os seus horizontes físicos e humanos. Provocaram, entre outras, alterações na paisagem arquitetônica, no sistema viário, na estrutura do comércio, nos hábitos de consumo e de convívio entre as pessoas. Esta obra procura oferecer enfoques representativos de realidades urbanas distintas como São Paulo, o interior paulista, Porto Alegre e Belo Horizonte, na visão de geógrafos, arquitetos e antropólogos.

Resumo: O que totaliza a prática do skate, seria observar tão somente a relação entre praticantes e o artefato aos seus pés? A etnografia de Giancarlo Machado mostra que, na verdade, os espaços da cidade aparecem contrapondo, justapondo e complementando importantes relações com a cidade. Pois esta é vivida e reinventada pela via da corporalidade e o cerne da concepção política de cidadania que exercitam é devedora desse amálgama entre espaços físicos (da cidade) e corpóreos (dos skatistas). A luta política-urbanística dos skatistas entre rua e pista é ditada por uma certa imanência. Mais que vislumbrar a metrópole e a vida mental estamos diante da “metrópole e a vida corporal”. Subjetividade moldada pela corporalidade, tais práticas ganham volume, densidade material, rugosidade, forma. E sendo exímios ourives da forma, os skatistas mostram o que não vemos, exercício fundamental de quem percebe a cidade do ponto de vista das pequenas passagens, dobras, saliências, revelando ao mesmo tempo o conteúdo simbólico das práticas reificadas pelos olhares administrativos que se impõem constantemente sobre ela.

 

Luiz Henrique de Toledo – professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSCar

Resumo: Co-organizado por Otávio Raposo, membro do GEAC, este livro enfoca e debate estratégias e experiências de pesquisa, problematizando as práticas artísticas enquanto expressões de identidades múltiplas em contextos urbanos diversos. Os textos refletem sobre a linguagem artística nas suas variadas perspectivas, cujas marcas e inscrições não se esgotam dentro e fora de instituições culturais, galerias de arte, festas, ruas, muros, becos, etc. O ineditismo e originalidade do fio condutor desta coletânea é dialogar sobre expressões artísticas tais como dança (funk, hip hop, samba), manifestações festivas, música, fotografia, enfocando especificamente a perspectiva etnográfica no estudo antropológico dessas expressões em contextos urbanos. Esta obra certamente suscitará o interesse não só de estudantes e pesquisadores de várias áreas, como também do público em geral, interessado na temática das práticas e expressões artísticas em contexto urbano.

Sinopse: Dribles, manobras, braçadas, golpes, identidades, negociações, conflitos, socia­bilidades, gestualidades, visibilidades, agenciamentos, alteridades, espetacula­rizações. Como registrada certa vez, por um dos organizadores em seu caderno de campo, a fala de um jovem boleiro traduzia: “tem que ter categoria”. De maneira muito perspicaz, a agenda esportiva estabelecida no país – que os organizadores preferem denominar de “década esportiva” – dos Jogos Pan-Americanos (2007) aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos (2016), é o ob­jeto das incursões multidisciplinares desta coletânea.

Nessa média duração conjuntural, há no entanto outras temporalidades significativas. Além dos tempos específicos de cada ensaio e de cada prá­tica esportiva analisada, entrelaçam-se gerações de pesquisadores, seja como autores seja como referências aos balanços bibliográficos mais am­plos e às revisitações pontuais apresentadas.

As indagações acerca do legado acadêmico dessa década esportiva podem ser respondidas parcialmente pela própria constituição desse entrelaçamen­to. Há hoje no Brasil gerações diversas de pesquisadores que alargaram as fronteiras temáticas e revigoram, ora com frescor e inquietude, ora com ex­periência e maturidade, os debates metodológicos acerca das práticas espor­tivas e do que vem sendo definido como os Estudos Sociais do Esporte. Sim, temos massa crítica e volume investigativo de enorme qualidade.

Portanto, dos picos do skate às várzeas e arenas modernas; das piscinas às regatas e múltiplas topografias dos corpos; das expressões torcedoras às re­lações institucionais e políticas; da esportividade ameríndia entranhada na sociocosmologia do Alto Xingu às interseccionalidades sociais e das rela­ções de gênero; temos aqui um pouquinho de Brasil que pensa as práticas do esporte articulando visceralmente o campo acadêmico ao campo esportivo. (Flavio de Campos)

Sinopse: São Paulo, atualmente com 11,5 milhões de habitantes, foi a cidade que mais cresceu durante o século XX em comparação às metrópoles europeias e norte-americanas. Apesar de significativas melhorias na infraestrutura urbana - rede de água e esgoto, coleta de lixo etc. -, ela concentra um crescente número de favelados, cerca de 1,5 milhão, 1 milhão de moradores em cortiços, além de 2 milhões de pessoas que habitam nas áreas de proteção de mananciais, nas bordas das represas Guarapiranga e Billings. É uma metrópole que conjuga grupos ricos e outros extremamente mais numerosos compostos por camadas pobres.

 

"Decifra-me ou te devoro" constitui uma metáfora já utilizada a fim de entender as dificuldades para analisar sua complexidade e suas contradições. A presente coletânea procura desvendar algumas faces enigmáticas dessa esfinge, tais como a violência urbana, as moradias precárias e os partidos políticos. Mas acerca deste último aspecto, propomos uma concepção ampla de política, incorporando eventos como os protestos de 2013 e a ocupação de prédios na áreas centrais da cidade. Nos seus 14 capítulos, antropólogos, sociólogos, cientistas políticos e urbanistas que têm se dedicado ao estudo da metrópole paulistana aprofundam questões como segregação urbana, o uso das praças e ruas das zonas centrais, a produção cultural proveniente das periferias, a extrema vulnerabilidade da "cracolândia" e a influência do PCC na diminuição da taxa de homicídios.

 

Trata-se uma coletânea que interessa não só a pesquisadores das áreas de ciências humanas, mas também a todos aqueles que almejam uma cidade mais democrática e eficaz no enfrentamento dos problemas urbanos e sociais.

Sinopse: “Ei, São Paulo, onde estão as suas cores?”, questiona o filme Imagens Peri-féricas – e a pergunta ecoa nas páginas deste maravilhoso livro de Guilhermo Aderaldo. Sua minuciosa pesquisa nos apresenta os muitos tons, cores e vozes que fazem a cidade diversa. Com uma rara habilidade para ver, escutar e perceber, o autor percorre diferentes movimentos culturais urbanos em busca de uma periferia vivida, complexa e engajada. “Reinventando a cidade” tem a qualidade da melhor tradição etnográfica. É um trabalho denso, feito com pessoas, falas, diários de campo, poesias, canções, fotografias e filmes, numa narrativa em busca da significação dos conceitos e motivações que circulam e se enfrentam nas interações sociais. Periferias, vozes, territórios e imagens: são múltiplas as cores da arte e do concreto da metrópole. Guilhermo Aderaldo nos apresenta com rara lucidez o cenário dos coletivos culturais vídeo-ativistas paulistanos. Aprendemos com ele que as transformações sociais e políticas do Brasil passam pelas oportunidades de acesso às tecnologias comunicativas e pelo protagonismo criativo de populações historicamente marginalizadas. Para todos os interessados em compreender essas camadas menos visíveis da vida urbana contemporânea, minha recomendação: leiam este livro. 

Karina Kuschnir Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

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